
«Jogaremos olhos nos olhos durante os 270 minutos!» - Paulo Bento
Por Rogério Azevedo, em Kiev
Paulo Bento apareceu de rosto fechado na zona mista do Palace of Arts para conversar com os jornalistas. Mas não foi só ele. Alguém arrancou um sorriso ao dinamarquês Morten Olsen, ao alemão Joachim Low ou ao holandês Bert van Marwijk? Não, pois não? Antes da zona mista, os quatro treinadores fizeram curtas declarações.
Marwijk: «É o grupo mais difícil, mas, ao mesmo tempo, um grande desafio». Olsen: «Alemanha é o grande favorito do grupo, mas Holanda e Portugal também são fortíssimos». Low: «Grupo muito difícil e interessante, mas queremos seguir em frente». Bento: «Grupo complicadíssimo, teremos de estar ao nosso melhor nível para seguir em frente».
Instantes depois, apenas com jornalistas portugueses na frente, o seleccionador nacional abriu um pouco mais o jogo. Mas não muito.
«É o grupo mais forte e equilibrado dos quatro. Jogaremos com três antigos campeões da Europa e este facto, só por si, diz quase tudo sobre a valia do Grupo B. A Holanda foi finalista do Mundial-2010, a Alemanha foi finalista do Euro-2008 e do Mundial-2006. Além disso, a Alemanha é quase crónica finalista de todas as grandes provas dos últimos 30 ou 40 anos», começou Paulo Bento por afirmar.
Depois, abordou um velho conhecido: a Dinamarca: «Jogámos por duas vezes nesta fase de qualificação e ganhámos em Portugal e perdemos na Dinamarca. Além disso, nas duas últimas qualificações, para o Mundial-2010 e para este Europeu, os dinamarqueses ficaram sempre à nossa frente, obrigando-nos a disputar o play-off».
Abrir o Campeonato da Europa defrontando a Alemanha é algo que deixa o seleccionador nacional indiferente: «Não me parece mal começarmos a jogar com os alemães, mas a ordem dos jogos, numa fase de grupos, parece-me pouco relevante. Importante, sim, é vencer. O primeiro jogo seria sempre muito importante, fosse com quem fosse, por ser isso mesmo: o primeiro. Não é decisivo, mas é muito importante. De uma coisa estou certo: serão 270 minutos em que jogaremos sempre de olhos nos olhos, seja qual for o adversário».
In A Bola